
“ ...Todos devem meditar os vigorosos textos do Concílio Vaticano II, onde se afirma que a Igreja inteira é missionária, que a obra de evangelização é o dever fundamental do Povo de Deus (Ad Gentes,35) e que cada discípulo de Cristo participa na responsabilidade de propagar a fé” (Lumen Gentium,17)... Joannes Paulus PP II
terça-feira, 10 de julho de 2007
INTRODUÇÃO
É de todos conhecida a importância que teve o Concílio Vaticano II para um conhecimento mais profundo da eclesiologia católica, quer com a Constituição dogmática Lumen gentium quer com os Decretos sobre o Ecumenismo (Unitatis redintegratio) e sobre as Igrejas Orientais (Orientalium Ecclesiarum). Muito oportunamente, também os Sumos Pontífices acharam por bem aprofundar a questão, atendendo sobretudo à sua aplicação concreta: assim, Paulo VI com a Carta encíclica Ecclesiam suam (1964) e João Paulo II com a Carta encíclica Ut unum sint (1995).
O sucessivo trabalho dos teólogos, tendente a ilustrar com maior profundidade os múltiplos aspectos da eclesiosologia, levou à produção de uma vasta literatura na matéria. Mas, se o tema se revelou deveras fecundo, foi também necessário proceder a algumas chamadas de atenção e esclarecimentos, como aconteceu com a Declaração Mysterium Ecclesiae (1973), a Carta aos Bispos da Igreja Católica Communionis notio (1992) e a Declaração Dominus Iesus (2000), todas elas promulgadas pela Congregação para a Doutrina da Fé.
A complexidade estrutural do tema, bem como a novidade de muitas afirmações, continuam a alimentar a reflexão teológica, nem sempre imune de desvios geradores de dúvidas, a que esta Congregação tem prestado solícita atenção. Daí que, tendo presente a doutrina íntegra e global sobre a Igreja, entendeu ela dar com clareza a genuína interpretação de algumas afirmações eclesiológicas do Magistério, por forma a que o correcto debate teológico não seja induzido em erro, por motivos de ambiguidade.
RESPOSTAS ÀS QUESTÕES
Primeira questão: Terá o Concílio Ecuménico Vaticano II modificado a precedente doutrina sobre a Igreja?
Resposta: O Concílio Ecuménico Vaticano II não quis modificar essa doutrina nem se deve afirmar que a tenha mudado; apenas quis desenvolvê-la, aprofundá-la e expô-la com maior fecundidade.
Foi quanto João XXIII claramente afirmou no início do Concílio[1]. Paulo VI repetiu-o[2] e assim se exprimiu no acto de promulgação da Constituição Lumen gentium: "Não pode haver melhor comentário para esta promulgação do que afirmar que, com ela, a doutrina transmitida não se modifica minimamente. O que Cristo quer, também nós o queremos. O que era, manteve-se. O que a Igreja ensinou durante séculos, também nós o ensinamos. Só que o que antes era perceptível apenas a nível de vida, agora também se exprime claramente a nível de doutrina; o que até agora era objecto de reflexão, de debate e, em parte, até de controvérsia, agora tem uma formulação doutrinal segura"[3]. Também os Bispos repetidamente manifestaram e seguiram essa mesma intenção[4].
Segunda questão: Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica?
Resposta: Cristo "constituiu sobre a terra" uma única Igreja e instituiu-a como "grupo visível e comunidade espiritual"[5], que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos[6]. "Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele"[7].
Na Constituição dogmática Lumen gentium 8, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja católica[8], na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.
Enquanto, segundo a doutrina católica, é correcto afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes[9], já a palavra "subsiste" só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja católica, uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio… na Igreja "una"), subsistindo esta Igreja "una" na Igreja católica[10].
Terceira questão: Porque se usa a expressão "subsiste na", e não simplesmente a forma verbal "é"?
Resposta: O uso desta expressão, que indica a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja católica, não altera a doutrina sobre Igreja; encontra, todavia, a sua razão de verdade no facto de exprimir mais claramente como, fora do seu corpo, se encontram "diversos elementos de santificação e de verdade", "que, sendo dons próprios da Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica"[11].
"Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso ou sejam vazias de significado no mistério da salvação, já que o Espírito se não recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja católica"[12].
Quarta questão: Porque é que o Concílio Ecuménico Vaticano II dá o nome de "Igrejas" às Igrejas orientais separadas da plena comunhão com a Igreja católica?
Resposta: O Concílio quis aceitar o uso tradicional do nome. "Como estas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos e sobretudo, em virtude da sucessão apostólica, o Sacerdócio e a Eucaristia, por meio dos quais continuam ainda unidas a nós por estreitíssimos vínculos"[13], merecem o título de "Igrejas particulares ou locais"[14] , e são chamadas Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas[15].
"Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor em cada uma destas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce"[16]. Como porém a comunhão com a Igreja católica, cuja Cabeça visível é o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, não é um complemento extrínseco qualquer da Igreja particular, mas um dos seus princípios constitutivos internos, a condição de Igreja particular, de que gozam essas venerandas Comunidades cristãs, é de certo modo lacunosa[17].
Por outro lado, a plenitude da catolicidade própria da Igreja, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, encontra na divisão dos cristãos um obstáculo à sua realização plena na história[18].
Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subsequente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?
Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico[19], não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio[20].
O Santo Padre Bento XVI, na Audiência concedida ao abaixo-assinado Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou e confirmou estas Respostas, decididas na Sessão ordinária desta Congregação, mandando que sejam publicadas.
Roma, Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 29 de Junho de 2007, Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.
William Cardeal Levada
Prefeito
Angelo Amato, SDB,
Arcebispo tit. de Sila
Secretário
Notas
[1] JOÃO XXIII, Alocução de 11 de Outubro de 1962: "… o Concílio … quer transmitir uma doutrina católica íntegra e imutável, não distorcida…Impõe-se todavia que, nos dias de hoje, a doutrina cristã, na sua inteireza e sem mutilações, seja por todos acolhida com novo entusiasmo e com serena e pacífica adesão …É necessário que, como todos os sinceros promotores da realidade cristã, católica e apostólica veementemente desejam, a mesma doutrina seja conhecida de forma cada vez mais ampla e profunda… É necessário que essa doutrina, certa e imutável, a que é devido fiel obséquio, seja estudada e exposta em sintonia com as exigências do nosso tempo. Uma coisa é o próprio depositum fidei, ou seja, as verdades contidas na nossa veneranda tradição, e uma outra é o modo como são enunciadas, sempre porém com os mesmos significado e sentido": AAS 54 [1962] 791.792.
[2] Cf. PAULO VI, Alocução de 29 de Setembro de 1963: AAS 55 [1963] 847-852.
[3] PAULO VI, Alocução de 21 de Novembro de 1964: AAS 55 [1964] 1009-1010.
[4] O Concílio quis exprimir a identidade da Igreja de Cristo com a Igreja Católica. É o que se encontra nos debates sobre o Decreto Unitatis redintegratio. O Esquema do Decreto foi apresentado em Aula a 23 de Setembro de 1964 com uma Relatio (Act Syn III/II 296-344). O Secretariado para a Unidade dos Cristãos respondia a 10 de Novembro de 1964 aos modos que os Bispos entretanto haviam enviado (Act Syn III/VII 11-49). Desta Expensio modorum reproduzem-se quatro textos relativos à primeira resposta.
A) [In Nr. 1 (Prooemium) Schema Decreti: Act Syn III/II 296, 3-6]
"Pag. 5, lin. 3-6: Videtur etiam Ecclesiam catholicam inter illas Communiones comprehendi, quod falsum esset.
R(espondetur): Hic tantum factum, prout ab omnibus conspicitur, describendum est. Postea clare affirmatur solam Ecclesiam catholicam esse veram Ecclesiam Christi" (Act Syn III/VII 12).
B) [In Caput I in genere: Act Syn III/II 297-301]
"4 – Expressius dicatur unam solam esse veram Ecclesiam Christi; hanc esse Catholicam Apostolicam Romanam; omnes debere inquirere, ut eam cognoscant et ingrediantur ad salutem obtinendam…
R(espondetur): In toto textu sufficienter effertur, quod postulatur. Ex altera parte non est tacendum etiam in aliis communitatibus christianis inveniri veritates revelatas et elementa ecclesialia" (Act Syn III/VII 15). Cf. também ibidem n. 5.
C) [In Caput I in genere: Act Syn III/II 296s]
"5 – Clarius dicendum esset veram Ecclesiam esse solam Ecclesiam catholicam romanam…
R(espondetur): Textus supponit doctrinam in constitutione ‘De Ecclesia’ expositam, ut pag. 5, lin. 24-25 affirmatur (Act Syn III/VII 15). Portanto, a comissão que deveria pronunciar-se sobre as emendas ao Decreto Unitatis redintegratio exprime claramente a identidade da Igreja de Cristo e da Igreja católica e a sua unicidade, considerando ter essa doutrina fundamento na Constituição dogmática Lumen gentium.
D) [In Nr 2 Schema Decreti: Act Syn III/II 297s]
"Pag 6, lin. I-24: Clarius exprimatur unicitas Ecclesiae. Non sufficit inculcare, ut in textu fit, unitatem Ecclesiae.
R(espondetur): a) Ex toto textu clare apparet identificatio Ecclesiae Christi cum Ecclesia Catholica, quamvis, ut opportet, efferantur elementa ecclesialia aliarum communitatum".
"Pag. 7, lin. 5: Ecclesia a successoribus Apostolorum cum Petri successore capite gubernata (cf. novum textum ad pag. 6, lin. 33-34) explicite dicitur ‘unicus Dei grex’ et lin. 13 ‘una et unica Dei Ecclesia’" (Act Syn III/VII).
Estas duas expressões encontram-se na Unitatis redintegratio 2.5 e 3.1.
[5] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. Lumen gentium, 8.1.
[6] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 3.2, 3.4, 3.5, 4.6.
[7] CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. Lumen gentium, 8.2.
[8] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Mysterium Ecclesiae, 1.1: AAS 65 [1973] 397; Decl. Dominus Iesus, 16.3: AAS 92 [2000-II] 757-758; Notificação sobre o livro do P. Leonardo Boff, OFM, "Igreja: carisma e poder": AAS 77 [1985] 758-759.
[9] Cf. JOÃO PAULO II, Carta enc. Ut unum sint, 11.3: AAS 87 [1995-II] 928.
[10] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. Lumen gentium, 8.2.
[11] CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. Lumen gentium, 8.2.
[12] CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 3.4.
[13] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 15.3; cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta Communionis notio, 17.2: AAS 85 [1993-II] 848.
[14] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 14.1.
[15] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 14.1; JOÃO PAULO II, Carta enc. Ut unum sint, 56s: AAS 87 [1995-II] 954s.
[16] CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 15.1.
[17] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta Communionis notio, 17.3: AAS 85 [1993-II] 849.
[18] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta Communionis notio, 17.3: AAS 85 [1993-II] 849.
[19] Cf. CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Decr. Unitatis redintegratio, 22.3.
[20] Cf. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Dominus Iesus, 17.2: AAS 92 [2000-II] 758.
fonte: http://www.cnbb.org.br/index.php?op=noticia&subop=15783
domingo, 11 de março de 2007
Somos coerentes
A Igreja não concorda com a forma em que o Sr. Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva abordou, no Rio de Janeiro, o problema do uso dos preservativos.
A posição da Igreja é clara. Sempre o fui. Não mudou, nem mudará.
Não repetiremos continuamente nosso parecer a esse respeito. O modo de educar nossos adolescentes e jovens não pode ser feito com base no permissivismo, incitando-os a um comportamento desregrado.
Precisamos educá-los baseados em bons princípios consistentes.
Esta orientação cabe em primeiro lugar aos pais. O filho encontra na família a primeira e mais importante fonte de formação desses princípios e valores humanos. Quando os pais atuam assim, não estão sendo hipócritas. E a Igreja defende os direitos originários dos pais.
Não somos hipócritas. Nem o fomos. Nem o seremos. Somos coerentes.
9 de março de 2007
Dom Rafael Llano Cifuentes Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família
fontes: http://www.cnbb.org.br/index.php?op=noticia&subop=14512
http://www.pastoralfamiliarcnbb.org.br/novo_site/noticias/noticia.asp?id=947
sexta-feira, 2 de março de 2007
Falsidade do suposto túmulo de Jesus, segundo arcebispo Bruno Forte

fonte: http://www.zenit.org/portuguese/
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Petrus Eni

Petrus Eni é o primeiro sistema de buscas totalmente voltado para sites Católicos. Pesquisando em uma ampla base de dados composta apenas por sites Católicos, o site Petrus Eni oferece resultados muito mais relevantes para as suas buscas.
A tecnologia que tornou esse sistema uma realidade vem Google, que dispensa comentários.
Atualmente estão presentes mais de 1000 sites Católicos na base de dados para pesquisa do Petrus Eni, e muitos outros estão sendo inseridos gradativamente. Se você possui um site Católico ou conhece algum, clique aqui e indique-o.
Petrus Eni - "Pedro está aqui"
Na década de 50 alguns geólogos, historiadores e outros pesquisadores escavaram na região do Vaticano, mais exatamente, no subsolo da Basílica de São Pedro. Dados históricos informavam que a Basílica foi construída, em homenagem a São Pedro, sobre um cemitério de cristãos que se localizava na chamada "Colina Vaticana". Para tirar a dúvida se a tumba do Apóstolo Pedro se encontrava ali, estes homens e mulheres passaram muito tempo escavando e pesquisando. Qual foi a surpresa quando, a vários metros de profundidade, o que era história, se tornou realidade: O cemitério foi encontrado.
O foco das escavações foi centrado em encontrar uma tumba que pertencesse ao Primeiro Apóstolo. Em certo ponto da escavação se encontra uma tumba diferente, protegida por um muro de pedra e com muitas inscrições e pinturas. Um escrito neste muro, em tinta vermelha, tinha a seguinte inscrição:
PETRUS ENI
Que significa:
PEDRO ESTÁ AQUI
Ora, o nome PETRUS (pedra ou rocha) não existia na antiguidade, o primeiro a ser chamado assim foi Simão Barjona (filho de Jonas), por Jesus Cristo.
Lê-se em outra inscrição:
"Pedro, pede a Cristo Jesus pelas almas dos santos cristãos sepultados junto do teu corpo"
O historiador Eusébio de Cesárea (falecido em 313) afirma que aquele local (o Vaticano), ou seja, o cemitério cristão, era visitado por milhares e milhares de peregrinos, que vinham orar na sepultura de Pedro.
Após aproximados seis anos de escavações e estudos, os peritos concluíram que, REALMENTE , no cemitério da colina Vaticana se encontra o tumulo de S. Pedro.
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Homilia na Posse Canônica da Diocese de Anápolis

Amados irmãos e irmãs em Cristo,
1. As minhas primeiras palavras dirijo, como palavras de saudação, ao Excelentíssimo e Reverendíssimo Dom Lourenço Baldisseri, digníssimo Núncio Apostólico no Brasil.Agradeço de coração a sua presença neste ato do meu ingresso canônico na Diocese de Anápolis. A sua presença me alegra, conforta e faz jus ao seu lema episcopal: “Itinere laete servire Domino” – “Indo, alegremente, servir ao Senhor”.
Temos diante de nós, na sua estimada pessoa, a imagem do nosso querido Santo Padre o Papa João Paulo II. No mundo atual, marcado pela profunda e devastadora crise de valores, temos na pessoa do Papa um guia certo e seguro, ponto de referência e fonte de esperança. Quero caminhar em sintonia com o Santo Padre. Reafirmo a minha obediência à Santa Mãe Igreja e o meu profundo respeito pelo Magistério do Papa.
2. Saúdo o Excelentíssimo Sr. Governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, e todas as autoridades presentes neste ato de fé e de cidadania (citar os nomes). Sr. Governador, mais uma vez tenho a oportunidade de manifestar a minha amizade pessoal e destacar o que mais admiro na sua pessoa: o irmão na fé, um homem íntegro, de profunda personalidade, talentoso estadista, administrador de rara competência, hábil político e digno cidadão. Seja bem-vindo!
3. Saúdo os Excelentíssimos Senhores Arcebispos e Bispos presentes (citar os nomes).
4. O meu carinhoso abraço aos já amados padres desta Diocese de Anápolis. Chamar os sacerdotes de primeiros colaboradores não é para mim apenas um slogan ou uma verdade teórica. Desejo ver em cada um de vocês, caros presbíteros, na diversidade de temperamentos e de sensibilidades, um irmão e precioso instrumento, escolhido e chamado por Deus para a construção do Reino.
5. Quero saudar os diáconos, bem como as religiosas e religiosos, cada uma e cada um na sua realidade de vocação e de carisma.
6. A presente cerimônia do início canônico do meu pastoreio em Anápolis coincide com a festa de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir da caridade, da Ordem dos Frades Franciscanos Conventuais. Nessa Ordem, tive a oportunidade de iniciar o meu caminho vocacional. Foi em Niepokalanów, convento-cidade, que descobri a beleza da vida franciscana, da vida consagrada e sacerdotal. Percorro hoje, como num filme, as diversas etapas daquele convívio e, refletindo mais uma vez sobre o seu heróico testemunho, procuro na sua herança espiritual a inspiração para o meu ministério, para melhor servir a Deus, à Igreja e aos irmãos.
7. São Maximiliano, ainda jovem seminarista, escreveu no seu diário: “Quero ser santo, e um grande santo!”
Hoje, a Igreja no Brasil, propõe o novo Projeto Nacional de Evangelização e coloca como principal meta da ação evangelizadora a SANTIDADE. Ser santos, eis o nosso ideal! O projeto “Queremos ver Jesus” nos fala da evangelização da pessoa. A vocação à santidade coincide com o encontro pessoal com Cristo. Evangelizar não é outra coisa a não ser ir ao centro do coração humano e lá colocar o nome de Jesus. Este Jesus, então, torna-se o único centro de interesse e a mais profunda motivação do nosso ser e agir. E isso é a santidade!
8. Entre os caminhos para a santidade, e um forte sinal dos tempos, está a vivência da COMUNHÃO e a construção da comunidade. Ser comunidade está no próprio conceito de povo de Deus. Jesus, na sua oração após a instituição da Eucaristia, pede ao Pai que conserve na união os que Lhe deu, “para que o mundo creia”. Esse pedido é, para nós, uma orientação e um forte apelo. Se a santidade é a carteira de identidade do cristão, a comunhão é a sua idoneidade. Ninguém é cristão sozinho. Não se é cristão sem ser comunhão. Para ser Igreja, é preciso conhecê-la e amá-la. É preciso se identificar com ela. É preciso sentir, pensar e agir com ela e como ela.
Percebo na realidade eclesial de Anápolis uma Igreja multifacial. São muitas espiritualidades, muitas formas de viver a fé e de pertencer à Igreja. Na legítima diversidade, há de transparecer o testemunho de unidade, a ser construída em todos os níveis: na obediência ao Papa e ao seu ministério, com a CNBB, no nosso Regional e na diocese, entre os bispos, padres, religiosas e religiosos, entre as pastorais e movimentos. Precisamos sobrepor o sentido comum da Igreja às nossas preferências pessoais.
Entre essas formas de comunhão, quero destacar a comunidade presbiteral. A exemplo da comunidade apostólica, o presbitério diocesano deve ser o modelo de todas as outras formas de comunidade na diocese. A responsabilidade pessoal pelas diversas frentes de apostolado leva, muitas vezes, ao individualismo e a um conceito deturpado de autonomia. Precisamos assumir juntos a única missão, trabalhar na mesma direção, formar uma fraternidade presbiteral efetiva e afetiva.
Quero acentuar ainda que, para a eficácia da evangelização, é necessário construir pequenas comunidades de fiéis, sejam elas em forma de pastorais e movimentos, sejam grupos de interesse ou de vizinhança. Na própria organização das paróquias, há de se programar até a presença de templos (igrejas e capelas) que sejam sinais visíveis da presença da Igreja nos bairros e pontos de assistência religiosa próximos dos moradores.
9. O santo de hoje, São Maximiliano Kolbe, recebeu o atributo de “mártir da caridade”, por ter doado sua vida para salvar a vida de um pai de família, no campo de concentração nazista de Auschwitz, na Segunda Guerra Mundial. Questionado sobre o motivo da sua entrega, disse: “Porque sou sacerdote católico”. Não foi esse gesto isolado que o levou às honras dos altares. Tal ato apenas coroou a longa trajetória rumo à santidade. Não haveria o gesto heróico se não houvesse um esforço constante para alimentar em si o desejo de se assemelhar em tudo a Cristo.
De Cristo, que veio para servir e não para ser servido, e de Maximiliano, com o seu “quero morrer no lugar deste homem”, aprendemos que o caminho da santidade passa pelos gestos concretos de solidariedade e de SERVIÇO. A fé precisa ser autêntica. Para ser autêntica, precisa ser concreta e visível nos gestos de amor, na atitude de inclinar-se sobre o irmão em necessidade. Penso no que seria a atitude de serviço no momento presente, aqui e agora...
Em primeiro lugar, é um movimento de amor de dentro para fora, motivado pela fé. É ir de si para o outro. É o amor que se expande e devolve a dignidade de pessoa humana e de filho de Deus aos indigentes e aos excluídos.
É serviço proclamar e defender, oportunamente, a verdade acerca do homem e dos valores, a partir dos pressupostos da fé, da razão e do direito natural.
Penso, antes de tudo, no direito à vida. A propaganda frenética, colocada a serviço de interesses financeiros de alguns grupos, por meio dos discursos sentimentais e superficiais, consegue convencer os desavisados, em prejuízo das verdades mais sólidas e mais profundas. Mesmo incompreendida e perseguida, a Igreja presta serviço à humanidade lembrando e defendendo os valores que jamais podem ser esquecidos. No “inferno de ódio”, como foram chamados os campos nazistas, muitos se resignaram e desistiram de viver como seres humanos. São Maximiliano não se dobrou diante dessa pressão que tornava o ódio e o medo algo comum e normal. Morreu, mas não esqueceu o amor! Morreu, mas não esquecer a verdade!
Por serviço entendo ainda o diálogo com a sociedade organizada: autoridades, diversos segmentos da sociedade, classe empresarial e classe trabalhadora que, nesta cidade de Anápolis, diante do forte crescimento econômico, adquirem traços marcantes.
Por serviço entendo também o diálogo ecumênico e inter-religioso. A busca da unidade é o selo de uma religião verdadeira. Significa levar a sério a vontade de Jesus, o seu testamento: que todos sejam um. Precisamos refletir sobre isso, precisamos depor as armas de agressão, de proselitismo, de ódio, de instrumentalização dos sentimentos religiosos para fins pessoais e até políticos, sempre no respeito mútuo e na verdade.
10. A Igreja é também MISSIONÁRIA. Anunciar Jesus é a nossa principal tarefa. A comunidade evangelizada torna-se evangelizadora. “Ide e evangelizai” – é o que Jesus pede a nós. Não é uma tarefa exclusiva de alguns. É o dever de cada batizado.
Há muitas pessoas que ainda não conhecem Jesus. Há muitos que ainda não são Igreja. Há novas realidades, onde Deus ainda não é conhecido, nem aceito.
Há irmãos, próximos e distantes, que esperam por nossa ajuda concreta, por nossa solidariedade para organizar a sua vida religiosa. Penso e pergunto se a Diocese de Anápolis não se poderia tornar uma Igreja-irmã, adotando uma diocese na Amazônia ou em outra região de maior necessidade.
11. Permitam-me, irmãos e irmãs, um momento de sinceridade e franqueza. Há pessoas que perguntam se sou conservador ou progressista... Pessoalmente, acho inadequada tal distinção, porque a realidade da Igreja é muito mais ampla do que essas duas palavras. Se por conservadorismo se entende o amor e a salvaguarda dos valores humanos e religiosos, eu sou conservador. Se pelo mesmo se entende apego às coisas secundárias e já superadas, eu não o sou. Se por ser progressista se entende o compromisso de fé e de verdade com novas realidades e desafios, eu sou progressista. Mas se consiste em ter atitudes discordantes ou de simples contestação, eu não o sou.
É-me muito cara a parábola do pedreiro. Para exercer bem a sua profissão, usa a linha e o prumo. Simples e eficaz. Linha e prumo levam o profissional à perfeição.
Tenho por prumo a fidelidade ao eterno e imutável depósito da fé, herdado dos apóstolos. Tenho por linha a fidelidade ao atual Magistério da Igreja. Com estas ferramentas, quero trabalhar e ajudar a Igreja a crescer.
12. Quero, neste momento, externar a minha admiração e a minha gratidão a Dom Manoel Pestana Filho, de quem me tornei sucessor pela determinação da Santa Igreja. Foram 25 anos de pastoreio dedicado, marcado pelo testemunho de coerência e autenticidade. Agora está recebendo a merecida coroa de reconhecimento (não ainda de glória...). A rica contribuição que deu à Igreja anapolina será uma boa semente que perdurará e produzirá os frutos que Deus quiser. Peço para Dom Manoel, em sinal de reconhecimento e de gratidão, uma calorosa salva de palmas.
13. Para concluir, permitam-me uma palavra de agradecimento à Diocese de Formosa, que deixei para abraçar Anápolis. Formosa foi a minha escola de bispo. Agradeço ao povo e aos sacerdotes pela bondade, amizade, carinho e pela formosa caminhada na fé. Terei saudade das lindas tradições, das vastidões e amplos horizontes, das grutas do Parque de Terra Ronca, dos ventos da Chapada dos Veadeiros, dos bosques de pequi... Muito obrigado, amigos! Muito obrigado, Formosa!
14. Convido, neste momento, todos os presentes a consagrar, junto comigo, a Diocese de Anápolis a Maria Imaculada, Mãe nossa e ideal de São Maximiliano Kolbe: (segue a consagração).
Dom João Wilk, OFMConv.Bispo de Anápolis
O QUE É UMA PARÓQUIA
A Paróquia Nossa Senhora d'Abadia situa-se à rua Engenheiro Portela Qd H Lt 85, Vila Nossa Senhora d'Abadia, Caixa Postal 160 - CEP 75.001-970, Anápolis, GO - criada Paróquia no dia 14 de agosto de 1976. Festa da Padroeira dia 15 de agosto.
Bairros:
Batista, Jardim Ana Paula, Jardim Gonçalves, Miguel Jorge, Samambaia, Santo André, Vila Dona Maria, Vila Góis, Vila Jussara, Vila Nossa Senhora d’Abadia, Vila Popular, Vila Santa Rosa, Vila Verde .
A Paróquia é um organismo vivo no Corpo de Cristo. É uma Comunidade atuante.
Venha conhecer sua Paróquia, sua Comunidade Cristã.
É a Casa de Deus entre os homens, a casa de todos os filhos e filhas de Deus: portanto é sua casa também.
Venha participar, tomar parte nas pastorais, integrar-se na grande Família de Deus.
Sacramento da Eucaristia
Pré-catequese: Sábado 8h00, 9h30 e 15h30;
Primeira Eucaristia: Sábado 8h00, 9h30 e 15h30;
Sacramento da Confirmação
Aulas da Crisma: Sábado 15h00 e 18h00 e Domingo 8h00
O Sacramento da Ordem
Os ministérios conferidos pela ordenação são insubstituíveis na estrutura orgânica da Igreja. Sem o Bispo, os Presbíteros e os Diáconos, não se pode falar de Igreja (Cat. Igr. Cat 1593).
Em nossas comunidades todas as pastorais se comprometeram rezar pelas vocações sacerdotais de suas famílias. Se você, jovem, ouviu o chamado do Senhor, procure nosso Sacerdote e converse com ele.
Os Funerais Cristãos
O dia da morte inaugura, para o cristão, ao final de sua vida sacramental, a consumação de seu novo nascimento iniciado no Batismo, a "semelhança" definitiva à "imagem do Filho", conferida pela unção do Espírito Santo, e a participação na festa do Reino, antecipada na Eucaristia, mesmo necessitando de últimas purificações para vestir a roupa nupcial.
Os familiares devem solicitar ao Sacerdote que celebre as exéquias para que Deus purifique o falecido de seus pecados e de suas conseqüências e que seja admitido à plenitude Pascal da mesa do Reino (Cat. Igr. Cat. 1688-89).
Unção dos Enfermos
O Concílio Vaticano II declara que a Unção dos Enfermos não é um sacramento apenas para aqueles que se encontram às portas da morte. Portanto, já é certamente oportuno recebê-lo quando o fiel começa a correr risco de morte pela doença ou velhice.
Pela sagrada unção dos enfermos e pela oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os doentes ao Senhor, que sofreu e foi glorificado, para que os salve e reanime.(Tg 5,14-16), e sobretudo os exorta a se unirem de coração á paixão e morte de Cristo (Rm 8,17; Cl 1,24; 2 Tm 2,11-12; 1 Pd 4,13), para o bem do povo de Deus.
Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e à morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus (Cat. Igr. Cat. 1499). O sacramento da Unção dos Enfermos tem por finalidade conferir uma graça especial ao cristão que está passando pelas dificuldades inerentes ao estado de enfermidade grave ou de velhice (Cat. Igr. Cat. 1527).
Atendimento: a própria pessoa ou familiares devem marcar antecipadamente com o sacerdote o local e horário de atendimento, não deixando nunca para última hora este sacramento.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Casamento
O matrimonio é constituído pelo pacto conjugal, ou seja, o consentimento mútuo e irrevogável, mediante o qual os cônjuges se doam e recebem mutuamente. A própria união do homem e da mulher e o bem dos filhos exigem perfeita fidelidade dos cônjuges e sua indissolúvel unidade.
A íntima comunhão de vida e de amor, pela qual os cônjuges “já não são dois, mas uma só carne”, foi estabelecida pelo Criador, instruída com suas leis e dotada com sua bênção, a única que não foi abolida nem pelo castigo do pecado original. Este vínculo sagrado, portanto, não depende do arbítrio humano, mas do próprio autor do matrimônio, que o quis dotado de vários bens e fins.
O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. Concede aos esposos a graça de amarem-se com o mesmo amor com que Cristo amou sua Igreja; a graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna (Cat. Igr. Cat. 1661). O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de “Igreja doméstica”, comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã (Cat. Igr. Cat. 1666).
Processo Religioso
Para a organização do Processo de Casamento deverão os noivos dirigir-se à Secretaria paroquial do noivo ou da noiva três meses antes do casamento com certidão de batismo recente para fins matrimoniais, cópia da carteira de identidade, comprovante de primeira comunhão e de crisma, certificado do curso para noivos (feito seis meses antes do casamento), edital de proclamas do cartório civil.
Os casamentos devem celebrar-se na Paróquia onde qualquer das partes tem o domicílio, ou o quase-domicílio ou residência durante um mês, ou tratando-se de vagos, na Paróquia onde atualmente se encontram.
Embora qualquer destes Párocos possa proceder à organização do processo pré-matrimonial, todavia mantenha-se o costume de o organizar na Paróquia da Noiva, ou do Noivo, caso aí se celebre o casamento, ou no caso de o noivo residir em Diocese diversa da nubente e aí se celebrar o casamento noutra Paróquia.
a) Devem ser os noivos (e não os pais ou avós) a vir à Igreja tratar do seu casamento.
b) A data do casamento apenas poderá ser fixada após conversa com o Pároco.
Batizados
Catequese batismal:
Documentação necessária: Certidão de Nascimento da criança e Certidão de Casamento religioso dos pais e padrinhos e comprovante do curso para pais e padrinhos. Se reside fora da Paróquia, deverá trazer uma autorização do Pároco da Paróquia da sua residência.
Confissões
Terça-feira a sexta-feira das 9h00 as 11h00 e das 15h00 as 17h00
na Aldeia da Paz de segunda-feira a sábado antes das Missas
nas Capelas: antes das Missas
Santo Antonio de Santana Galvão

fonte: http://www.cnbbsul1.org.br/index.php?link=conteudo.php&id=67
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
Os dez mandamentos da serenidade do Papa João XXIII

2 - Só por hoje... Terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: Delicado nas minhas maneiras; Não criticar ninguém; Não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém, senão a mim mesmo.
3 - Só por hoje... Me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só na vida eterna, mas também neste mundo.
4 - Só por hoje... Me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos.
5 - Só por hoje... Dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma.
6 - Só por hoje... Praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.
7 - Só por hoje... Farei uma coisa que não gosto e, se for ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
8 - Só por hoje... Farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas, em todo caso, vou fazê-lo. Guardarei bem duas calamidades: a pressa e a indecisão.
9 - Só por hoje... Ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim, mesmo se existisse somente eu no mundo e ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.
10 - Só por hoje... Não terei medo de nada em particular; Não terei medo de desfrutar do que é belo e; Não terei medo de crer na bondade.
Mensagem da CNBB aos políticos recentemente eleitos
Iniciais um novo mandato.
Este é um importante momento para vossas vidas e para o Brasil.
Por isso, nós, bispos da Igreja Católica em Goiás, no Tocantins e no Distrito Federal, vos dirigimos essa mensagem pastoral de esperança e confiança.
Evocamos as exigências inerentes à vida pública, mencionamos a colaboração da Igreja na história brasileira, elencamos alguns desafios sociais, econômicos e ambientais, externamos expectativas e preocupações, enfatizamos o imperativo da ética na política e, sobretudo, vos desejamos sabedoria nas decisões e coragem nas dificuldades.
Apresentados pelos partidos e escolhidos democraticamente pelo povo, tereis uma longa e responsável jornada.
É o “terceiro turno”, decorrente dos turnos eleitorais.
É a oportunidade de viabilizar as propostas e projetos de governo que foram apresentados e divulgados em vossos discursos e programas eletivos.
É a ocasião singular de revelar publicamente vosso caráter e testemunhar vossa palavra empenhada .
Todo começo de uma missão ou mandato é sempre desafiador e exigente.
Por mais experimentados que sejais, sabeis que os acontecimentos não se repetem.
O amanhã sempre é uma incógnita, uma realidade desconhecida que vos aguarda.
Deveis estar preparados para enfrentar qualquer situação que virá no futuro.
Por isso, é preciso começar bem e certo esse novo serviço em prol da sociedade.
Não tenhais medo.
Tende confiança.
O povo, autor de vossa eleição, confia em vós e sabe da exigente responsabilidade que vos atribuiu.
E nós, bispos da Igreja Católica no Centro-Oeste do Brasil, respeitando a legítima autonomia de vossos poderes, empenhamos nosso compromisso e a subsidiariedade da Igreja para que o serviço à justiça e à solidariedade seja eficaz e gere vida em abundância para todos.
Como cristãos, em dois mil anos de história, a Tradição nos legou múltiplos modos de empenho na criativa e responsável construção do mundo.
Nos primeiros séculos do cristianismo, nos foi testemunhado que os cristãos “participavam na vida pública como cidadãos” (Carta a Diogneto 5,5).
Exemplo claro foi São Tomás Moro (século XVI), proclamado padroeiro dos governantes e dos políticos por testemunhar até ao martírio a dignidade inalienável da consciência.
No Brasil, a Igreja colaborou com o projeto de nação desde a primeira hora - não obstante as contradições históricas -, especialmente no serviço para a educação, arte e saúde.
Esteve presente nos esforços da Independência e acompanhou todos os movimentos sociais, políticos e econômicos do Brasil.
Esteve na formação territorial brasileira , particularmente na Marcha Para o Oeste, e nas primeiras comunidades, vilarejos, cidades e, enfim, na criação das capitais Goiânia, Brasília e Palmas.
Em difíceis tempos de regime militar, acolheu as manifestações populares em seus templos e defendeu a vida de milhares de políticos perseguidos (Cf. CNBB, Exigências cristãs de uma ordem política).
Participou ativamente na redemocratização do Brasil e na elaboração de uma nova Constituição (Cf. CNBB, Por uma nova ordem constitucional; e Exigências éticas da ordem democrática). Visando aperfeiçoar a democracia brasileira, conferir maior legitimidade aos mandatos, promoveu Ação Popular, com mais de 1 milhão de assinaturas, o que incidiu na aprovação da Lei n. 9.840/99, que proíbe a compra de votos e o uso eleitoral da máquina administrativa.
Há, todavia, um árduo trabalho político na continuidade da construção do projeto de nação e no desenvolvimento sustentável e socialmente justo em Goiás, no Tocantins, no Distrito Federal e em todo o Brasil. Elencamos algumas das maiores exigências e desafios:
(1) fortalecer a defesa da vida humana, desde a sua concepção até o final de seus dias;
(2) ampliar as oportunidades de trabalho;
(3) democratizar o acesso à terra e ao solo urbano, mediante políticas agrícola e hídrica e planos diretores de desenvolvimento urbano;
(4) empreender urgente reforma política;
(5) rever o modelo econômico e o processo de mercantilização da vida;
(6) democratizar o Estado e ampliar a participação popular;
(7) proteger o meio ambiente, particularmente o bioma Cerrado e a Amazônia (Cf. CNBB, Eleições 2006), tema que escolhemos para a reflexão durante a Campanha da Fraternidade/2007;
(8) reforçar a soberania da nação e os bens de nossa Região, especialmente a água, a flora e fauna, os solos agricultáveis.
Em profunda comunhão e sintonia com o povo de Goiás, do Tocantins, do Distrito Federal e de todo o Brasil – a quem dedicamos inteiramente nossas vidas como Pastores -, sentimos e manifestamos algumas de nossas apreensões, preocupações e expectativas acerca da realidade política brasileira:
(a) a fidelidade partidária parece ceder lugar ao aluguel de siglas e às fáceis mudanças de partidos em vista de conjunturais acomodações políticas. Os princípios político-ideológicos, os conteúdos e os programas dos partidos, além de fornecerem fundamentação aos planos de governo, também definem o perfil e as convicções das lideranças. O troca-troca de partidos suscita a desconfiança e induz à superficialidade dos compromissos;
(b) o alto custo das campanhas, amplamente divulgado pelos meios de comunicação social, nos interroga sobre as condições de igualdade entre os candidatos e, após eleitos, quais as obrigações de reciprocidade àqueles que apoiaram suas campanhas com vultuosos recursos financeiros;
(c) a situação financeira dos Estados inviabiliza os novos projetos e promessas, os serviços permanentes do Estado e o saneamento das ameaçadoras dívidas de entidades que colaboram com as políticas públicas. Um gesto exemplar para o início de vossos mandatos seria rever os valores dos próprios salários e o que custais financeiramente para a sociedade;
(d) a realidade da Educação, pois, segundo o MEC, baseado no censo escolar de 2002, há um déficit de 710 mil professores no Brasil (Cf. Terra Educação, 2006). Como estimular os jovens para escolher essa profissão? Como assumirem responsabilidade tão grande sustentados por salários tão baixos? Como conquistaremos a soberania e a inovação tecnológica sem os professores? São perguntas inquietantes que aguardam efetiva resposta dos novos eleitos;
(e) a legítima autonomia entre Igrejas e Estado parece ser uma meta republicana ainda não plenamente realizada. Nenhuma liderança política deveria instrumentalizar sua Igreja em função de cargos; e nenhuma Igreja deveria usar o Estado para seus interesses particulares. O Estado é de todos e para todos, quaisquer que sejam as opções e condições de cada cidadão. A história, mestra da vida, ensina que disputas religiosas pelo poder do Estado resultaram, com freqüência, em sangue e intermináveis conflitos. É necessário um solidário e ecumênico empenho das igrejas cristãs e das lideranças políticas para não transformar a política do Bem Comum em disputa religiosa, ofuscando as representações e inviabilizando a paz, a concórdia e a união a fim de enfrentar e superar os grandes problemas da sociedade, especialmente dos mais pobres;
(f) a ética na política é a suprema expectativa para os mandatos que se iniciam. Os escândalos de corrupção causaram profunda descrença da sociedade brasileira na política e nos políticos. A corrupção não conhece limites políticos e geográficos, atravessa todos os setores, atrofia o crescimento econômico e a qualidade humana da vida social, inviabiliza o funcionamento do Estado, estraçalha as relações entre governantes e governados, produz desconfiança sobre as instituições públicas e causa progressivo menosprezo dos cidadãos pela política e pelos seus representantes, debilitando a democracia e as instituições. A Igreja considera a corrupção uma grave deformação do sistema político e uma das maiores causas para o subdesenvolvimento e para a pobreza. “Os comportamentos corruptos podem ser compreendidos adequadamente somente se vistos como fruto da dilaceração da ecologia humana. Se a família não é capaz de cumprir com sua tarefa educativa, se leis contrárias ao autêntico bem do homem - como aquelas contra a vida - deseducam os cidadãos sobre o bem, se a justiça age com lentidão, se a moralidade de base se debilita pela transgressão tolerada, se degradam-se as condições de vida, se a escola não acolhe e emancipa, não é possível assegurar a ecologia humana, cuja ausência prepara o terreno para que o fenômeno da corrupção plante suas raízes” (Nota do Pontifício Conselho Justiça e Paz, 2006, n. 7).
A Igreja aponta alguns princípios que atestam a vocação e o serviço dos cristãos na política, princípios esses que desejamos partilhar convosco:
a) a persecução do bem comum;
b) a prática da justiça, com particular atenção para as situações de pobreza e de sofrimento;
c) o princípio da subsidiariedade;
d) a promoção do diálogo e da paz no horizonte da solidariedade (Compêndio da Doutrina Social da Igreja nº 565).
Estas orientações maiores certamente estarão presentes no vosso diuturno trabalho em prol do bem comum, assegurando a integridade nos encargos de responsabilidade frente às instituições públicas para as quais os vossos mandatos estão destinados.
Muitas são as exigências e os desafios; grande é a vossa responsabilidade.
Disse Jesus: “Eu vos asseguro, o que fizestes a estes meus irmãos menores a mim o fizestes” (Mt 25,12).
Tendes, portanto, propícia oportunidade para fazer da política a suprema expressão e testemunho da caridade social e do amor.
Que o espírito da sabedoria suscite em vós a inteligência para encontrar alternativas viáveis e discernimento para decidir corretamente.
Que sejais protegidos de todo mal, especialmente da corrupção e da violência.
Que as crianças e os jovens tenham em vós um exemplo de vida a ser seguido.
Que vosso mandato seja pleno de êxito e traga felicidade a todos os brasileiros.
O caminho que iniciais é difícil e poderá inquietar os vossos corações.
Tende coragem.
Deus, que um dia vocacionou Moisés e lideranças para libertar e governar o seu povo, hoje, em Goiás, no Tocantins, no Distrito Federal e em todo o Brasil, vos chama e envia para servir.
“O Senhor vos abençoe e vos guarde!
O Senhor faça brilhar sobre vós a sua face, e se compadeça de vós!
O Senhor volte para vós o seu rosto e vos dê a paz!” (Nm 6, 24-26).
Goiânia, 1º de fevereiro de 2007 .
Fonte http://www.cnbbco.org.br/noticias_detalhe.php?id_noticia=69
O QUE É A SANTA MISSA
Horário das Missas
Segunda-feira - 07h00
Terça-feira a sexta-feira às - 19h00
Sábado - 08h00
Domingo - 07h00 - 9h00 e 19h00;
Pastoral
1) Nossos planejamentos pastorais sejam realizados de acordo com as Diretrizes da Santa Igreja, da Diocese e do nosso Regional Centro-Oeste;
2) Em nossa Diocese as várias formas de apostolado sejam realizadas em coordenação e íntima união com nosso Bispo Dom João Wilk a quem é confiada esta Igreja particular como princípio visível e o fundamento da unidade;
3) Em toda ação pastoral os Padres, Diáconos, Religiosos e Religiosas, Leigos e Leigas realizem o prolongamento da Ação Evangelizadora de Jesus Cristo em nossos dias;
4) Trabalhemos todos em harmonia para resplandecer cada vez mais a unidade levando em conta que o horizonte para o qual deve tender todo caminho pastoral é a santidade em nossa Diocese.
Quem é o Bispo




Dom João Wilk, OFMConv.
Da Ordem dos Frades Menores Conventuais,
Província de São Maximiliano Maria Kolbe - Brasília.
Nascimento: 18 de setembro de 1951 - Seroczyn, Polônia.
Profissão Religiosa: 03 de outubro de 1974 - Assis (Itália).
Ordenação Sacerdotal: 24 de junho de 1976 - Assis (Itália).
Nomeação Episcopal: 28 de janeiro de 1998.
Ordenação Episcopal: 04 de abril de1998 - Formosa - GO.
Tomada de Posse: 04 de abril de 1998 - Formosa - GO.
Nomeação para Anápolis - GO: 09 de junho de 2004.
Posse em Anápolis - GO: 14 de agosto de 204.
Lema episcopal: “Ut Amor ametur” (“Para que o Amor seja amado”).
Sua Santidade o Papa Bento XVI - 265º Sucessor de São Pedro

Ordenado Sacerdote 29.06.1951
Eleito Arcebispo de Munique e Frisinga 25.03.1977
Consagrado Bispo 28.05.1977
Cardeal Presbítero da Santa Igreja 27.06.1977
Cardeal Bispo da Santa Igreja 05.04.1993
Decano do Colégio Cardinalício 30.11.2002
Eleito Papa 19.04.2005
Início solene do Pontificado 24.04.2005
Quem é o Pároco

O que é uma Diocese
Nossa Diocese foi criada a 28 de outubro de 1966 pela Bula “De animarum utilitate” do Papa Paulo VI, em solenidade presidida pelo Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio e desmembrada da Arquidiocese de Goiânia. O primeiro Bispo foi Dom Epaminondas José de Araújo (10.12.1966 a 10.03.1979), o segundo Bispo foi Dom Manoel Pestana Filho (11.03.1979 a 09.06.2004). Nosso Bispo Diocesano é Dom João Wilk, OFMConv. (nomeado Bispo de Anápolis a 09 de junho de 2004).
- Municípios que a integram: 19 municípios.
- Área de abrangência da Diocese: total de 14.227 Km2.
- População: aproximadamente 520.000 habitantes.
- A sede da Diocese de Anápolis está edificada a 1.017 metros de altitude. Divide-se em quatro Regiões Pastorais:
ANÁPOLIS SUL (região 1),
ANÁPOLIS NORTE (Região 2),
REGIÃO OESTE (Região 3) e
REGIÃO LESTE (Região 4).
Além das 42 paróquias, a Diocese conta também com a Paróquia-Capelania Militar da Base Aérea de Anápolis e uma Capelania dos Hospitais, equiparada a uma paróquia.
Juridicamente, a Diocese de Anápolis está registrada no Cartório de Pessoas Jurídicas de Anápolis, sob nº 854, Fls. 53/54 do Livro B-17 de 15 de julho de 1977. Teve o reconhecimento de Utilidade Pública concedido pela Lei nº 1.198 de 28 de maio de 1984, da Prefeitura Municipal de Anápolis, e pela Lei nº 9.460 de 20 de junho de 1984 do Governo do Estado de Goiás.
Sacerdotes diocesanos:
- Residentes incardinados: 49- Residentes não incardinados: 07- Incardinados residentes no estrangeiro: 17
- Incardinados residentes fora da diocese: 06
Sacerdotes religiosos: 33
TOTAL sacerdotes presentes na Diocese: 89
Diáconos permanentes: 15Diáconos temporários: 03Religiosos (sacerdotes e irmãos): 60 Religiosas: 137- Congregações: 15- Comunidades: 25Seminaristas: 54- Teologia:27- Filosofia: 14- Propedêutico: 04- Menores: 09